O câncer do colo do útero é o terceiro mais frequente entre mulheres no Brasil, excluindo os de tumores de pele não melamoma. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é de que o País tenha 17.010 casos novos em 2023, uma proporção de 13,25 casos a cada 100 mil mulheres. Apesar da incidência, a doença tem grandes chances de cura quando o diagnóstico sai na fase inicial.
Câncer do colo do útero no Brasil
Para esse ano, em Goiás, a estimativa é de 660 novas identificações de câncer do colo do útero. Deste total, 140 seriam na capital Goiânia. Dalva Isabela Alves, de 47 anos, foi informada do diagnóstico da doença em 2017.
“Pensei que o mundo fosse desabar. Passaram mil coisas pela minha cabeça. Eu achei que ia morrer e que meu coração ia explodir de tanto nervosismo”, relata a técnica de enfermagem.
O oncologista Rubens Pereira, do Cebrom Oncoclínicas, alerta que a principal causa desse tipo de câncer é o Papilomavírus Humano (HPV), uma doença sexualmente transmissível. “O HPV é transmitido pelo ato sexual, por isso é fundamental o uso de preservativo, a realização periódica de exames ginecológicos e também a vacinação”, enfatiza o médico.
A técnica de enfermagem, que hoje já está curada, alerta as mulheres para cuidarem da saúde e priorizarem o acompanhamento ginecológico. “Façam a prevenção todos os anos. Além disso, mesmo tendo parceiro fixo ou marido, nunca transem sem camisinha. Uma única relação sexual sem preservativo pode fazer você perder a sua vida em questão de tempo”, conclui.
O Ministério da Saúde recomenda vacinar meninas de 9 a 14 anos e meninos entre 11 e 14 anos. A vacina está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) para essas faixas etárias e na rede privada para mulheres de 9 a 45 anos e homens de 9 a 26 anos de idade.